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Setembro frustrante para o varejo

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Tenho conversado com lojistas do Brasil inteiro e os números que serão divulgados no meio do mês não são otimistas.

No setor industrial já está havendo uma pequena reação, mas muito pequena para impulsionar a economia.

No varejo teremos dados que representarão uma perda perto de 20%. Claro que temos lojas com crescimento de 5% até 6%. Normalmente as grandes redes, com maior poder de compra, comunicação mais agressiva, formas de pagamento mais longas e maior conhecimento do consumidor têm melhores resultados. Este é o ponto básico. Conhecer o cliente.

Como diz o ditado popular: "para todo chinelo velho existe um pé torto".

Há 30 anos, surgiu o micro marketing e o marketing "one to one", que procurava entender os consumidores como o maior foco da empresa, descobrindo suas necessidades e os satisfazendo. Mas, infelizmente, nem lojistas e nem colaboradores conseguiram entender a nova realidade. E continuam cometendo os mesmos erros, agindo como papagaios (analfabetos funcionais), leem mas não entendem o significado do que estão lendo e ainda colocam em prática de forma diferente da original. Colocar em prática experiências com adaptação é muito importante. Mas sem mudar os princípios. A capacidade de transformar teorias em praticas é fundamental para obter resultados positivos.

Hoje, a moda é uma coisa que não existe: marketing digital. Isso não existe, o que existe é uma comunicação digital, que poderá dar grandes resultados se estiver dentro de uma estratégia de marketing bem montada. Coisa que quase ninguém sabe fazer. É mais fácil repetir chavões do que pensar. Montar estratégias adequadas ao novo consumidor é muito difícil.

A palavra do momento é "omnichannel", as pessoas enchem a boca para falar, mas não sabem o que é. Este é o futuro do varejo, ele simplesmente une três coisas: varejo físico, varejo virtual e consumidor. Não é fácil, mas é preciso encontrar a forma de equacionar estas três variáveis. Nos Estados Unidos, a Amazon está colocando lojas físicas nos shoppings como forma de facilitar a experimentação e retirada do produto.

No Brasil, a Lojas Americanas e a Magazine Luiza têm um quiosque de venda virtual e entrega na loja como forma de entrar neste segmento. Estão engatinhando mas experimentando. Várias outras redes devem migrar para este modelo.

A prova que o consumidor mudou é que o Natal, que foi a maior data de venda no pais, já foi ultrapassada, no ano de 2018, pelo Black Day.

Por que mudou? Simples, no Natal se compram presentes e lembranças para os outros.

No Black Day a compra é para o próprio consumidor. E isso muda tudo.

Precisamos nos aproximar mais dos consumidores nos meses de outubro, novembro e dezembro. Temos que buscar resultados melhores. Isto só vai acontecer se aprendermos a conhecer o consumidor.

Precisamos repensar o varejo ou seremos engolidos pelo consumidor. A concorrência é apenas o instrumento de deglutição.

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